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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

acho que quase todo mundo conhece alguém que tem uma mania estranha tipo: verificar várias vezes se fechou a porta, se desligou o gás, pessoas que têm pavor a sujeira, que lavam as mãos sempre com medo de adquirirem alguma doença, que guardam qualquer coisa (que não serve pra nada) achando que aquilo será útil algum dia, que organiza e reorganiza a mesma coisa sempre de uma maneira diferente, e por aí vai...
Por que estou falando sobre isso? Porque descobri que sou uma dessas pessoas, tenho TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), e a mania que me martiriza se chama TRICOTILOMANIA.
Desde os os 15 anosque convivo com essa mania, mas só descobri que isso é uma doença há uns 5 anos atrás. A pessoa que tem Tricotilomania arranca seus próprios cabelos; sim pode parecer coisa de doido, safadeza de quem faz (já me disseram isso), mas ao contrário, isso acaba com a auto-estima, com a vida social. Alguns podem perguntar se isso tem cura, infelizmente ainda não, mas tem controle. E é fácil se controlar? Quase impossível, pelo menos para mim.
Por que estou falando disso aqui? Porque sempre senti essa necessidade, ainda são poucas as pessoas que sabem o que eu realmente tenho, a maioria fica especulando, observando... e isso é péssimo. Então não achem que falei tudo isso para que sintam pena de mim ou coisas do tipo, é só uma maneira de desabafar, ou talvez quem sabe isso sirva para ajudar alguém que tenha o mesmo problema. Muitas pessoas sofrem com essa doença, talvez você conheça alguém.

depoimentos de pessoas com o mesmo problema que eu

Tenho 17 anos, e sofro da Tricotilomania desde os sete anos, mas até aos 13 anos vinha essa vontade maligna de puxar cabelos e depois ia embora, depois de um fato que ocorreu na minha vida, essa vontade aumentou muito, e hoje eu não consigo parar. Hoje eu estou muito feliz e ao mesmo tempo triste por saber que não é só eu que tenho essa doença, e por saber que muitas pessoas sofrem desse mal, mas eu tenho fé em Deus que todos iremos sair vitoriosos. Eu já abri mão de muitas coisas , com vergonha de sair na rua, porque muitas pessoas não entendem o seu problema e começam a zoar, sem entender o que a gente sente por dentro, outras perguntam, e a gente acaba mentindo, eu já tentei algumas técnicas para parar de puxar, o máximo de dias que eu fiquei sem puxar foram quatro, eu espero que todos possamos vencer esta luta.

Tenho 26 anos e desde os 18 anos arranco cabelos. Quando comecei, não me dava conta, só fui ter conhecimento da doença há uns 5 anos, quando vi histórias de outras pessoas com o mesmo problema na TV. Aí percebi que eu era doente, mas não era a única e que apesar de tudo, deve haver solução. Quando vi alguns especialistas falarem sobre Tricotilomania, sobre causas e etc, conclui q algumas das causas para meu problema deve ter sido devido a separação de meus pais, morte da minha avó, porque tudo aconteceu ao meu tempo na minha vida. As brigas eram tantas na minha casa que eu achava que me casar era a solução, pois na época eu já era noiva. Sou casada há 7 anos, meu marido e minha família estão sempre me "vigiando" para eu não arrancar os cabelos. Mas geralmente arranco quando estou sozinha, não parece nada, mas quando vejo tem um bolo de cabelos no chão, aí vem o remorso e prometo pra mim mesma que não vou arrancar mais. Mas depois um tempo, lá estou eu arrancando de novo. Tenho muita vergonha de as pessoas olharem meu cabelo de cima, pois já tem uma falha enorme, ir em cabelereira também. Porque todos acham estranha aquela falha na cabeça. As vezes eu digo, que se eu tivesse mais dinheiro, faria um implante capilar e meu marido me diz, sem tratar a "cabeça" primeiro, não resolve. Até comecei a fazer bijuterias em casa pra não ficar com tempo ocioso e arrancar os cabelos e também prendo um pouco o cabelo pra não ter a tentação de arrancá-los, mas nem sempre dá certo. Até minha filha de 3 anos me diz: mãe, pára de arrancar os cabelos e meus familiares dizem que ainda vou ficar careca. Não sou nem um pouco tímida, sou bem extrovertida e "pra frente" e bem informada também, mas moro numa cidade pequena a até hoje não procurei ajuda médica por vergonha e achar que vou conseguir me curar sozinha. Mas eu sei que um dia isso vai ter que parar, com ajuda de Deus e das pessoas que me amam. Agradeço desde já a oportunidade de poder desabafar aqui. Isso já ajuda muuuuuuuuuito. Porque falar sobre isso com quem não sente na pele ou não entende, só faz a coisa piorar. Valeu.

Quando minha mãe estava grávida de mim de 3 meses largou do meu pai, pois era alcoólatra e não queria trabalhar pra sustentar a família. Aí quando tinha 4 anos dei meningite após isso minha mãe percebeu que meus cabelos caíam, só que não sabia pq fui crescendo quando ela percebeu que eu arrancava os cabelos e comia. minha vida sempre foi atribulada por isso preconceito e muitas coisa. Hoje tenho 34 anos e nunca consegui parar de arrancar os cabelos e comer. E o meu maior sonho e ver meus cabelos grandes. se alguém tiver alguma solução me falam pelo amor de DEUS que tem dias que não agüento mais. Minha filha já esta grande e tem dia que arranco ela vendo e como tudo na frente dela. me ajudem eu já tentei quase tudo e não achei saída. obrigada já quem me ajudar aguardo resposta.

Bom pessoal, eu tive esse problema e graças a Deus me livrei dele... Não vou dizer que curei, mas consigo reverter a vontade assim que começa. Sou programador de computador e isso agravava muito, porque o fato de parar pra pensar, em criar os códigos, era um prato cheio! Comecei arrancar os cabelos do topo da cabeça tão novo que nem lembro direito. Um dia, por volta dos doze anos, assustei com uma enorme cratera na minha cabeça e que não tinha como "camuflar"... Foi aí q meus pais descobriram. Eles acharam que eu tinha pirado, e praticamente começaram uma ditadura comportamental que só agravou. Aos 20 anos pesquisei na internet sobre o assunto, igual vocês provavelmente fizeram pra chegar até aqui. E ví que eu não era o único. Lendo os relatos vi que todos, como eu, não entende como sentimos prazer em arrancar o cabelo, e no meu caso ficar enrolando entre os dedos... Resolvi tentar parar... e sabia q seria difícil. Foi uma guerra porque parece quanto mais você quer parar mais o impulso chega! O primeiro passo foi usar um boné pra programar e uma toca pra dormir. Depois com tempo eu queria vencer a resistência do boné e toca, tentando "coçar" no local... mas depois comecei a "ver" o que eu estava fazendo... Fiquei imaginando a cena onde eu me via arrancando o cabelo... pra quê? Então comecei a vigiar meus impulsos... toda vez que minha mão subia, eu começava a estalar os dedos... ridículo... mas deu certo... depois, com o tempo (muito, uns 4 meses) os impulso foram diminuindo e a vontade ficou só na hora de dormir... Cheguei a perder noite de sono...é mole? vigiando e sempre consegui também dominar a mania durante a noite. Os alcoólicos Anônimos tem uma frase que diz que tem 24 horas que eles não bebem, cada dia é mais um dia. e eu digo a mesma coisa, tem uns 8 anos que não faço mais isso, mesmo as vezes tentado, mais a tentação é irrisória, logo passa.
Detalhe: Eu era uma pilha de nervos, junto com essas atitudes, eu associei passeios de bicicletas, entrei para um coral de música lírica, comecei a pescar com meu pai e sair mais ao invés de ficar parado em frente a TV. Procure algo pra ocupar o tempo, que relaxe, não ache que não existe nada pra você fazer pra relaxar, tem sim! Se possível faça consulta com um bom especialista que indicará terapias ou medicamentos, mas faça sua parte! Não é fácil, eu sei isso na pele, mas foi só depois que eu "revoltei" de verdade comigo que comecei tomar essas atitudes.
Boa sorte, perseverem e fiquem com Deus.

Eu sou casada com um Tricotilomaníaco e não sei como proceder preciso de ajuda, ele passa horas no banheiro arrancando os fios do centro da cabeça onde já está uma enorme falha, e ele só anda de boné para ninguém ver, tem vergonha até de mim, não quer procura um medico mais também aqui eu não sei quem faz este tratamento quando vi este site vi a minha salvação

Olá, é muito difícil dizer q sofro de "Tricotilomania", mas, depois de ler tantos outros depoimentos, achei q poderia falar s/ ser criticada. Para muitos esse distúrbio não passa de falta do q fazer, eles ñ sabem a gravidade do problema. Comecei aos 13/14 anos nem sei ao certo, e também o motivo acho q foi a separação dos meus pais. Comecei arrancando só os da frente, hj, 15 anos depois, a falha é enorme. Depois passei pro centro e o lado direito da cabeça, tem duas falhas imensas q já ñ dá p/ disfarçar. Morro de vergonha quando alguém quer mexer no meu cabelo. Só corto o cabelo c/ uma mesma pessoa sempre. Ela é uma das poucas q sabe e ñ critica. Às vezes no trabalho me distraio e começo a arrancar, outro dia, o meu chefe até falou, na maior graça: Ih!!! tá ficando careca aqui, ainda colocou o dedo. Nossa, me senti péssima. Quando estou em casa procuro sempre amarrar um pano na cabeça p/ não arrancar mas, não tem jeito. Gostaria muito de melhorar, antigamente tinha um cabelo lindo, cacheado, comprido, hj, não passa do ombro, eles não tem força p/ crescer. Me sinto muito mal quando paro e vejo aquele monte de cabelo no chão, cato e jogo no lixo, digo q ñ vou mais fazer mas, quando alguma coisa acontece tá lá eu de novo arrancando. É como uma válvula de escape mas, ao invés de aliviar, pressiona ainda mais. Tô péssima, a cabeça fica doendo, eu fico extremamente triste mas, ainda ñ consegui ser mais forte. Uma coisa é certa não podemos desanimar, vamos trabalhar p/ superar este problema, juntos vamos conseguir

é duro ter que admitir que temos um problema desse porte mais e um problema e tem que ser tratado com ajuda da família e muita oração fé em Deus no momento que as mãos for pra cabeça lembra de como os cabelos ficam depois e isso guarda a imagem das falhas na cabeça que a gente fica depois lembra também da culpa que gente senti depois que arranca os cabelos lembra das desculpas esfarrapadas que a gente da no salão cada vez que vamos fazer uma escova ou outro serviço do salão temos que nos concentrar em coisas do tipo os gastos do momento os maridos os filhos trabalho que por muitas vezes nos faz passa vergonha devido essa idéia compulsiva de arranca os nossos cabelos quantas não foram as vezes em que quase nos pegaram em flagrante com a mão na cabeça e existe vários fatores pra nos ajudar a vencer esse mal por que e isso que ele e um mal mais como diz na Bíblia diga o fraco sou forte então temos que ser fortes senão com vamos enfrenta as coisas que com certeza vem por aí tais como entrada na faculdade, casamento, namoro, amizades futuras que com certeza não gostariam de saber que a gente arranca os cabelos e põe na boca então e isso vamos nos preparar para o bem as festas de final de ano todas (os) lindas loiras ou morenas e cabeludas ok

Lendo alguns depoimentos tomei coragem de escrever para tentar desabafar com vcs minha angústia que para minha surpresa inclui a SP. Sofro de Tricotilomania desde os 11 anos (hoje estou com 35), já tomei todos os medicamentos possíveis e imaginários, psicólogos, psicoterapeutas, análises, enfim, tentei de tudo e até hoje não consigo me livrar desse mal. Mudei de cidade, vendi o carro, montei um lindo apto, empresa nova, cargo gerencial, tudo novo. Há 1 mês atrás durante uma reunião um tanto quanto humilhante e ameaçadora fui exposta e execrada por um gerente por causa de fofoca, ouvi tudo calada, encolhendo cada vez mais na cadeira, me sentindo um nada, o choro entalado na garganta, segurei até o final do dia pois afinal sou uma profissional! Chego em casa e triplico a dosagem de medicamento, e olha que são 3!!!! Sertralina, Topamax e Rivotril...chorei que nem uma louca e durante 1 semana fiquei sem comer, sem tomar banho, do mesmo jeito que chegava do trabalho deitava com a mesma roupa no corpo e acordava no outro dia e ia trabalhar, totalmente apática, sem falar, com medo de atravessar a rua, de falar com as pessoas com medo de ser recriminada, não conseguia entrar dentro do ônibus, até que tive um colapso no trabalho achando que fosse infartar ou ter algo parecido, comecei a chorar compulsivamente e voltei na Psiquiatra que me afastou por 15 dias. Fiquei na casa dos meus pais que estão apavorados com a situação, mas sinto que não foi suficiente. Ontem quando voltei para meu apto, a sensação voltou a tona e a angústia e o vazio tomaram conta e da-lhe dosagem extra de medicamento pra ver se da pra dormir e esquecer dos problemas...e hoje to aqui no trabalho só Deus sabe como.

oi meu nome e MARCOS e faz uns 6 anos q eu arranco cabelos e como, gostaria de receber esclarecimentos como posso me tratar, pois ando muito ansioso e muito nervoso e as vezes chego a ficar horas tirando cabelos, e quando estou bem chego a ficar dias sem arrancar cabelos por favor me ajudem obrigado MARCOS

Bem tenho 21 anos e desde os 15 tenho mania de arrancar cabelo.
E so hoje estou descobrindo q provavelmente tenho uma doença, já tinha escutado de algumas pessoas sobre a reportagem no Fantástico, a qual não tive a oportunidade de assistir, mas achava q era so uma mania normal como a q eu tinha e consegui me livrar q é a de roer unhas, nunca imaginei q se tratava de uma doença e seria... agora estou extremamente preocupada!!!
Acontece comigo algumas coisas descritas aqui, mas não chego a mastigar ou engolir, o q faço e arrancar e quebrá-los ao meio, pq tem alguns fios danificados por química. Agora a minha mãe tb pegou essa mesma mania, é um vício como outro, não se consegue parar e se pode ate tentar mas ha algo mais forte q impulsiona a arrancar.
Algumas amigas e meus pais me repreendem mas... A ansiedade, o nervosismo, Estresse, ao ler, tudo isso me instiga a alimentar o vício. Ha algum tempo estou tendo surtos de esquecimento, distração, não consigo me concentrar...
Ainda não procurei nenhum tipo de tratamento, mas pretendo parar o mais rápido possível antes q eu chegue a um estágio irreparável. Ainda não percebi nenhuma alteração no meu couro cabeludo, como ferida ou falha, tb não sei se por eu ter muito cabelo. Depois desta vou da uma averiguada.
Encontrei este site no orkut por meio de uma comunidade, e como disse só hoje me dei conta q não estou ou q faço não e normal...
Não sei se posso sentir alívio por não ser a única a passar por isso, mas sei q através desse site e com ajuda de Deus, em primeiro lugar, e desses profissionais competentes responsáveis por esse site eu posso ter uma saída!!!

tricotilomania

Podemos pensar que afeta várias pessoas e, ao mesmo tempo, é um problema pouco conhecido. Logo, ele é um problema grave, porque as pessoas não sabem reconhecê-lo e tratá-lo.
Isso de fato acontece. A pessoa quando tem este “transtorno do controle dos impulsos”, (a tricotilomania é um transtorno crônico caracterizado pelo impulso irresistível de arrancar os próprios cabelos), inicialmente procuram um dermatologista. Pelo desconhecimento das pessoas, a dificuldade está na procura de um atendimento psicoterapêutico tardio, quando o ato de arrancar cabelos já assumiu a condição de hábito e os pacientes e suas famílias, tendem a negar a possibilidade de que possa a perda do cabelo estar acontecendo por um impulso irresistível e esta negação pode confundir o diagnóstico inicial.
Ao ler isto, não pensem que qualquer arrancar cabelos é um problema. Explico-lhes em seguida quando o ato de arrancar cabelos é um problema psiquiátrico ou psicológico. A pessoa tem tricotilomania se, recorrentemente, arranca os cabelos. Se isso lhe dá prazer, satisfação ou alívio de ansiedade e se o distúrbio causa sofrimento ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional.
A causa da tricotilomania há muito vem sendo objeto de discussão pelos cientistas e ainda não está claro, mas sabemos como tratá-la.
Se a pessoa está iniciando o ato de arrancar cabelos, o reconhecimento do problema freqüentemente alivia o comportamento.
Por isso a importância de estarmos falando desta coisa estranha para que conheçam o problema e saberem que não acontece unicamente com você ou o próprio paciente.
Se a condição for prolongada ou severa, o tratamento deve ser para intervenções psicoterapêuticas apropriadas por possíveis associações com aspectos ansiosos e depressivos.
Apesar da tricotilomania ser algo estranho e que causa sofrimento, o importante é que existe tratamento, cura e que se dispõe dele.

Cecília Urbina, psicóloga e integrante da Associação Criciumense de Apoio à Saúde Mental (Ceres)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

DICAS PARA AJUDAR AVENCER

Dicas para se liberar da Tricotilomania

O que o paciente deve fazer quando sente a necessidade de executar seus rituais?

Na verdade a terapia cognitivo-comportamental exigirá um esforço bastante grande por parte do paciente.

Algumas recomendações:

1. Assim que surgir o primeiro sinal do impulso, prenda as mãos de 15 a 20 min (ou até não sentir mais nenhuma aflição);

2. Se sentir vontade de levar a mão à cabeça sem nenhum motivo razoável, evite ao máximo fazê-lo por pelo menos uma hora e meia (até "esquecer");

3. Somente pegue nos cabelos quando for penteá-los ou caso deseje lavá-los. Se tiver alguma dúvida (se você está tendo um comportamento dentro dos padrões do que se considera um comportamento saudável) observe como a maioria das pessoas se comportam com relação a pegar nos cabelos (com que freqüência fazem isso?) : é uma forma de constatar se o seu comportamento está sendo exagerado ou ñao;

4. Procure ñao cair na tentação de ficar observando de perto os fios no espelho com a desculpa de que está verificando se estão crescendo ou ñao ou qualquer coisa desse tipo ,e contenha-se de fazer novas verificações;

5. Aprenda a perceber quando sua mente é invadida por obsessões - idéias fixas, medos ou pensamentos absurdos ou exagerados. Nesse momento, diga para você mesmo em voz alta "Pare", isso é irrelevante na situação em que eu me encontro ou ñao importa quanto tempo vou esperar, porque essa espera por mais dolorosa que possa vir a ser, para mim será o fim de um processo infinitamente inferior à satisfação de sentir os meus cabelos soltos e livres. Se ainda vier com uma vontade maluca de ir pro fim do mundo e arrancar TODOS os fios, sem se preocupar com o depois, lembre-se que caso você pudesse fazê-lo estaria se expondo a uma situação desagradável (ficar careca longe de todos que você ama e que o amam!) e muito provavelmente em vão, pois a vontade ñao irá deixá-lo. Mesmo que você arrancasse o último pelo do seu corpo, ainda assim essa vontade estaria lá latente e mais faminta do que nunca depois da baita depressão que lhe sobreviria. Nesses momentos de total desespero procure distrair-se ocupando-se com alguma atividade prática. De preferência uma atividade artística ou física. Tudo é válido, desde que você possa, com o tempo, ir meio que transferindo esse seu amor bandido (via de mão única a Trico te rouba seus melhores anos, a sua beleza e juventude, o poder de concentração, a vida social, as vezes até mesmo os amigos, compromete a evolução da sua vida sob inúmeros pontos de vista, e em troca de tudo isso você trata essa mania como um bicho de estimação, por talvez medo de sofrer ainda mais com as mudanças que essa cura poderá acarretar-lhe ?! que absurdo isso!) para outras e novas práticas menos destrutivas e mais saudáveis!!! Com estas atitudes, é possível interromper o fluxo de obsessões;

6. Procure enfrentar as crises de Trico lutando avidamente consigo mesmo afim de superá-la. Lembre-se de que, em pouco tempo, a ansiedade desaparece com a repetição dos exercícios;

7. Quanto maior o tempo dedicado a estes exercícios e maior o número de vezes a eles dedicado, mais rápida é a redução dos sintomas;

  1. Caso você esteja incluído no rol dos tricotilofágicos - ou seja, apos arrancar, ñao satisfeito, você tritura cada pedacinho daquele fio com os dentes; e como se isso ñao fosse suficientemente nojento, e você os engole, aqui vão os motivos pelos quais você deve deixar de fazer isso:

a) Isso poderá provocar um tricobenzoá - os fios mesmo triturados vão se juntando um a um, e formando um bolo de cabelos no estômago e assim que esse bolo estiver formado, será indispensável que seja feita uma endoscopia, e posteriormente uma cirurgiapara se extrair o benzoá.

b) As pessoas que costumam comer os cabelos, devem ter percebido que a dimensão da atividade compulsiva torna-se absolutamente fora de controle. Se você come, proponha-se a parar de comer, e vai ver que misteriosamente a vontade de arrancar despenca vertiginosamente. Ou seja, autocontrole se faz mais presente quando ñao se pratica o ato de comer os cabelos.

Lembretes:

1. Enfrente as coisas que você tem medo tão freqüentemente quanto possível. Lute contra os pensamentos que o fazem acreditar que essa vontade é maior que você. Esse pensamento está tão carregado de mentira quanto de comodismo.

2. Se você sente que necessita fazer algum ritual - brincar com as raízes, entreter-se com pêlos pubianos (já que você ñao quer aumentar ainda mais as áreas de alopécia que já existem na sua cabeça.) não o faça.

Texto gentilmente cedido por Chris Pacheco.

sobre a tricotilomania

Tricotilomania é um distúrbio caracterizado por arrancar cabelos sem fins estéticos.

Algumas pessoas, especialmente crianças, também podem arrancar pêlos de outras pessoas ou de animais de estimação.

É comum a pessoa passarem os cabelos arrancados nos lábios, morderem a raiz, etc. Isto não faz sentido, elas sabem disso, mas todos os rituais da Tricotilomania não fazem sentido mesmo.

As portadoras de Tricotilomania também podem apresentar comportamentos como cutucar a pele ou roer as unhas.

A Tricotilomania pode ser transitória, episódica ou contínua e sua intensidade pode variar. A pessoa pode passar semanas ou meses sem apresentar este comportamento e, de repente, recomeçar.

Existem diversos graus, desde pequenas falhas nos cabelos ou áreas de Alopécia até calvície total.

Na maioria das vezes começa na infância ou adolescência.

Algumas crianças começam a arrancar em idade pré-escolar, o que costuma ser benigno e por tempo limitado.

Os cabelos são arrancados devido à:

  • Impossibilidade de resistir ao impulso.
  • Sensação de tensão, ansiedade antes de começar a arrancá-los.
  • Sensação de alívio da ansiedade, após arrancar os fios de cabelo.

Conseqüências:

  • Vergonha pelo comportamento e aparência.
  • Podem esconder o problema de sua família e amigos.
  • Podem evitar atividades sociais, praia, piscina, etc., para que seu problema não seja percebido.
  • Apliques, perucas.
  • Repercussões graves na auto-estima, na carreira e da vida social.
  • A ingestão de cabelos pode levar ao desenvolvimento de "bolos" de cabelos no estômago ou intestinos, o que é raro, mas perigoso.
  • Dores nas costas, pescoço pela posição forçada e repetitiva.
  • Feridas e cicatrizes no couro cabeludo

Causas:

  • Desconhecida. Seus familiares podem ter maior incidência de Tricotilomania, Distúrbio Obsessivo Compulsivo, Síndrome de Tourette, Síndrome do Pânico e Depressão.
  • Provavelmente existe uma combinação de fatores genéticos que provocam uma disfunção de Neurotransmissores associada a problemas emocionais que desencadeiam os sintomas.
  • Para os pais: não se culpem, pois esse problema não foi causado por falhas de educação, OK ?
  • Meninas, não se achem neuróticas nem loucas. Vocês sofrem de Tricotilomania que é uma doença como outra qualquer, só que mais esquisita e difícil de tratar.

Situações onde a Tricotilomania é mais freqüente:

  • Emoções desagradáveis (ansiedade, tensão, raiva e tristeza).
  • Atividades sedentárias e contemplativas, durante as quais as mãos estão livres e a mente está ocupada.
  • Leitura, telefonemas, trânsito, TV.
  • Mais freqüente à tardinha ou tarde da noite quando estão sozinhas, cansadas ou tentando adormecer.
  • Algumas arrancam conscientemente, outras distraidamente.
  • Podem tentar obter simetria no crescimento de cabelos, para mudar ou igualar a linha do cabelo ou para arredondar uma área careca, por exemplo.
  • Muitas arrancam só os curtinhos que estão nascendo, ou só os mais longos, só os fios de determinada textura ou cor, como os mais grossos ou os brancos.

O papel do Stress:

Embora algumas pessoas relatem acontecimentos estressantes precedendo o primeiro episódio, é muita simplificação achar que Tricotilomania é apenas uma reação ao stress.

É comum que piore em situações de stress (provas, prazos), portanto é recomendável aprender a lidar com situações de stress da melhor forma possível, mas isso não garante que a Tricotilomania não se manifeste.

Como lidar:

  • A maioria tentou parar de arrancar, com graus variados de sucesso, mas a maioria volta a arrancar.
  • Culpar uma pessoa por arrancar cabelo é o mesmo que culpar um asmático por não conseguir respirar.
  • Crítica, raiva e acusações não vão diminuir o problema e vão aumentar a vergonha, a Depressão, a ansiedade e a baixa auto-estima.

Tratamento: o ideal é a seguinte combinação:

  • Resistir ao impulso. Quanto mais você resistir melhor, por mais ansiosa que fique. Sem essa resistência nenhum tratamento dá certo.
  • Medicação.
  • Uma Psicoterapia chamada Cognitivo-comportamental (TCC).

A TCC é um tipo de tratamento que tem como objetivo comportamentos específicos, sentimentos e padrões cognitivos com a intenção de modificá-los. Geralmente é administrada por um período determinado de tempo durante o qual se ensina várias técnicas para que consigam controlar seu problema. Na TCC a ênfase é colocada diretamente na modificação dos problemas e não nas explicações de porque eles começaram. Uma abordagem para a Tricotilomania típica da terapia comportamental é chamada de "reversão de hábito". Envolve o aumento da percepção do paciente de cada episódio de arrancar cabelo e da capacidade de interromper isso por meio de uma resposta competente. Técnicas para aumentar a consciência do arrancar de cabelos incluem identificar os desencadeantes e as seqüências de acontecimentos associados com o comportamento. Além disso, a pessoas normalmente monitora e registra cada ocorrência de arrancar cabelo, anotando informações como dia e hora, localização, pensamentos, sentimentos, número de fios arrancados, etc. que podem ser úteis ao tratamento. Um elemento crucial na reversão de hábito envolve a utilização de uma resposta competente para ajudar o controle da compulsão. A resposta competente é aquela que é incompatível com arrancar cabelo, como fechar as duas mãos com bastante força. A pessoa instruída a usar e manter a resposta competente por períodos breves quando estiverem entrando em situações de alto risco, quando sentirem a primeira compulsão ou mesmo depois que tiverem começado a arrancar cabelos. Outros elementos no treinamento de reversão de hábito dizem respeito à preparação de pessoas para o tratamento, à motivação contínua durante o tratamento e a treinos de relaxamento. Outras estratégias de terapia comportamental empregam procedimentos de "controle de estímulo". Arrancar cabelos normalmente ocorre em certas situações discretas, mas não em outras. Por exemplo, a maioria das pessoas arranca cabelo quando está sozinha. Por exemplo, ao assistir TV, falar ao telefone, ler e guiar. As técnicas de controle de estímulo são usadas em situações nas quais é provável que o comportamento ocorra e têm como objetivo interferir no comportamento. Típicas técnicas de controle de estímulo incluem o uso de objetos que impeçam o arrancar de cabelos como chapéus, lenços, luvas, protetores de borracha nas pontas dos dedos; também se deve manter as mãos ocupadas e longe dos cabelos. Como arrancar cabelos freqüentemente ocorre, aumenta ou reaparece juntamente com stress, técnicas de terapia comportamental também podem se concentrar no ensinamento de maneiras eficientes de controlar o stress : controle de respiração, profundo relaxamento muscular e técnicas cognitivas para ajudar o controle da angústia. Após o controle do distúrbio, a questão da "reincidência" deve ser abordada. Na prevenção da reincidência, ensina-se às pessoas como lidar com a recaída limitando os danos e retomando o controle do distúrbio.

Hipnose, biofeedback, acupuntura, homeopatia, Psicanálise clássica e Psicoterapia Analítica não tem resultado em Tricotilomania.

Pode ser que as primeiras tentativas não tenham resultado bom. Nesse caso, é preciso ter paciência para novas tentativas.

  • Concluindo: é um problemão ? É.
  • É difícil tratar ? É.
  • Demora para melhorar ? Pode demorar.
  • Pode ter recaída ? Pode.
  • Todas as meninas fica boas para sempre ? Todas não, mas muitas, sim.
  • Mas tem tratamento ? Tem.
  • O tratamento é igual para todo mundo ? Não.

Se o primeiro, o segundo, o terceiro tratamento não der certo, tem que tentar o quarto e o quinto. Isso não quer dizer que você seja cobaia. Quer dizer que felizmente existem muitas opções.

O principal conselho é: não tenha vergonha de contar a seus pais ou ao médico. Você não tem culpa de ter esse problema. É comum a paciente ter vergonha de procurar tratamento e deixar a Tricotilomania piorar muito.

eu e a trico

ME CHAMO POLLYANNA
TENHO 22
SOU CASADA E MÃE DE UMA FILHA LINDA DE 5 ANOS

SOFRO COM A TRICOTILOMANIA A 6 ANOS ,E RESOLVI CRIAR ESSE BLOG PRA RECEBER AJUDA E TB PODER INFORMAR MAIS AS PESSOAS SOBRE O ASSUNTO , QUE AINDA HOJE É VISTO COM "MANIA" E NÃO COMO UMA DOENÇA